Categoria: Artigos
Data: 05/11/2023

“Fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida” Romanos 6.4.


A doutrina da justificação pela fé foi um divisor de águas na história do cristianismo. Compreendê-la foi e é fundamental para abraçar o evangelho tal qual a Escritura nos apresenta. O Breve Catecismo de Westminster define a justificação como “um ato da livre graça de Deus, no qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos diante dele, somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada, e recebida pela fé” (Pergunta 33). Isso significa que, pela fé no Filho de Deus, não estamos mais debaixo de condenação, estamos livres da culpa do pecado, fomos recebidos em um novo relacionamento com Deus e podemos chamá-lo de Pai (Gl 4.6).


Igualmente importante é compreender a doutrina da santificação. Embora justificação e santificação sejam inseparáveis, não são iguais. O Breve Catecismo define a santificação como “a obra da livre graça de Deus pela qual somos renovados em todo o nosso ser segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão” (Pergunta 35). Não apenas nossos pecados foram perdoados e fomos aceitos como justos diante de Deus, mas fomos libertos do domínio e do poder do pecado e a imagem de Deus está sendo restaurada em nós (Rm 8.29).


Todos os documentos reformados enfatizam de maneira belíssima que, tendo sido aceitos graciosamente por Deus e renovados em Cristo, somos levados por seu Espírito a uma vida de obediência e gratidão. Tanto o Catecismo de Heidelberg como os Catecismos de Westminster, por exemplo, dedicam um grande número de perguntas para tratar sobre os Dez Mandamentos e a Oração do Senhor. Eles fazem isso não como um caminho de salvação pelas obras, mas como a resposta adequada ao que Cristo fez por nós (Tt 2.11-14). Andamos em novidade de vida, porque Jesus cumpriu a lei em nosso lugar, porque o Filho de Deus sofreu em nosso lugar, porque o Espírito Santo nos habilita para tal e porque desejamos viver para a glória de Deus.


Autor: Rev. Alexandre Amin de Oliveira   |   Visualizações: 115 pessoas
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