
“Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor” Salmo 2.11.
O que é adoração? Qual a sua importância para a vida do cristão? Nas palavras de William Temple: “Adoração é a submissão de toda a nossa natureza a Deus. É a vivificação da consciência pela sua santidade, a nutrição da mente pela sua verdade, a purificação da imaginação pela sua beleza, a abertura do coração ao seu amor e a submissão da vontade ao seu propósito”. Adorar a Deus é cumprir com a finalidade da nossa existência, pois “o fim principal do homem é glorificar a Deus, e alegrar-se nele para sempre” (BCW, pergunta 1). E a principal e mais elevada maneira pela qual expressamos a nossa adoração a Deus, como povo de Deus, é no Culto Público.
A Escritura tem muito a nos ensinar sobre a adoração que devemos oferecer a Deus. De forma geral, deve ser “em espírito e em verdade” (Jo 4.24), “com reverência e temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12.28-29). Isso significa que devemos adorar a Deus com fé, de acordo com a sua vontade revelada na Escritura, reconhecendo que Ele é o Deus santíssimo e justo, e nos aproximando dele somente por meio do sangue de Jesus Cristo (Hb 10.19ss.). Na adoração, não devemos inovar, mas obedecer. De acordo com a Confissão de Fé de Westminster, o modo aceitável de adoração é limitado pela vontade revelada, ou seja, Deus “não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, [...] ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras” (21.1). Isso significa que todo culto que fuja à regra de adoração bíblica é “culto de si mesmo” (Cl 2.23).
Infelizmente as igrejas contemporâneas, valorizando a sinceridade e a espontaneidade, deixaram de lado muitos desses princípios. Adotaram novos critérios, como: relevância cultural, apelo evangelístico e satisfação emocional. Mas esses não são os critérios estabelecidos por Deus em sua Palavra. De acordo com Guy Waters: “O Culto Público bíblico não encontra sua justificativa naquilo que é pensado para agradar a mim ou as pessoas ao meu redor, mas naquilo que é conhecido por agradar a Deus, de acordo com o que Deus autorizou na Bíblia”. Por isso, devemos nos submeter ao Senhor e à sua Palavra, e entender que a adoração é sobre Ele e não sobre nós. Somente assim seremos encontrados “verdadeiros adoradores” (Jo 4.23).