Bem-vindo a uma igreja reformada

“Perguntem pelas veredas antigas” Jeremias 6.16.

Somos uma igreja presbiteriana, o que também quer dizer que somos uma igreja reformada. Tendo em vista a enorme quantidade de igrejas diferentes, talvez você se pergunte: O que é uma igreja reformada? Em que ela difere das demais? Vamos responder essas e outras perguntas nos próximos textos. Aqui, começaremos com um panorama geral. As igrejas reformadas são herdeiras da Reforma Protestante do séc. 16 – mais particularmente da Reforma Suíça, que teve como personagens: Zuínglio, Ecolampádio, Farel, Calvino, Bullinger, Beza e outros. A Reforma Suíça foi um movimento que enfatizou a autoridade da Escritura Sagrada, a pecaminosidade do ser humano, a graça e a soberania de Deus.

Além afirmar que a Bíblia é a Palavra de Deus, única regra de fé e de prática, as igrejas reformadas também adotam confissões de fé como sistema expositivo de doutrina. Confissões de fé são documentos que organizam o ensino bíblico em ordem lógica. As igrejas reformadas oriundas do continente europeu adotam os Três Símbolos de Unidade (Confissão Belga, Catecismo de Heidelberg e Cânones de Dort). As igrejas reformadas oriundas das ilhas britânicas, também chamadas de presbiterianas, adotam os Símbolos de Fé de Westminster (Confissão de Fé e Catecismos Breve e Maior). Também possuem características distintivas no que se refere ao Culto Público e à organização ou governo eclesiástico.

As igrejas reformadas prezam pela sã doutrina, não como um fim em si mesma, mas “para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade” (Tt 1.1). Assim, entendem que a fonte da vida cristã é a união do crente com Jesus Cristo, que o padrão da vida cristã é a lei de Deus e que o objetivo da vida cristã é “glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre” (Breve Catecismo de Westminster, pergunta 1). Por fim, uma igreja reformada estará sempre se reformando, o que não significa adotar as novidades do momento, mas retornar às “veredas antigas”, aos princípios imutáveis da Escritura e aos elementos de sua tradição, em submissão ao Rei e Cabeça da Igreja, Jesus Cristo.