
“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia!” Salmos 119.97.
Meditar na Palavra de Deus não é apenas uma ordem bíblica (Js 1.8), mas um meio de graça, pelo qual nos aproximamos do Senhor, somos moldados à imagem de Jesus Cristo e frutificamos para a sua glória (Sl 1.1-3). Ao contrário da sua contrapartida secular, a meditação cristã não tem a ver com técnicas para esvaziamento da mente ou autoconhecimento. De acordo com Donald Whitney, é o “pensamento profundo sobre as realidades espirituais reveladas nas Escrituras, para fins de compreensão, aplicação e oração”.
A meditação cristã é o elo entre a leitura bíblica e a oração. Ela nos auxilia a gravar na mente e no coração as maravilhas do Senhor. Como afirmou o puritano Thomas Watson (c. 1620-1686): “Um cristão sem meditação é como um soldado sem armas ou um artesão sem ferramentas. Sem meditação, as verdades de Deus não permanecerão conosco; o coração é duro e a memória escorregadia, sem meditação tudo se perde”.
Como meditamos na Palavra de Deus? Podemos começar com uma breve oração, pedindo o auxílio do Espírito Santo – “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). Depois, lemos uma porção do texto bíblico com atenção, procurando compreender o seu significado e como ele aponta para Jesus. Em seguida, selecionamos um versículo, palavra ou tema do texto lido para nele meditar. Conforme orienta David Mathis: “Fazemos uma pausa e refletimos sobre suas palavras, que lemos, ouvimos e estudamos. Nós as repassamos em nossas mentes e deixamos que elas inflamem nossos corações”.
Para concluir, firmamos resoluções diante do Senhor para aplicar o que meditamos. Encerramos com oração, rogando ao Senhor que nos auxilie a crermos e obedecermos tudo o que a Palavra nos mostrou, e agradecendo por sua fidelidade, graça e bondade para conosco. Assim, faremos coro com o salmista: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo dia!” (Sl 119.97).